lyrics
Em tempos de metal, luz e som,
Um mundo que já não é mais meu lar.
Olho para o céu e vejo uma nuvem de aço,
No lugar onde o Sol deveria brilhar.
E assim, o silêncio já não existe mais,
As máquinas gritam em um canto incessante.
A mão do homem, uma vez criadora,
Agora é escrava do desenfreado avanço.
Os rios fluem com veneno e desespero,
As florestas caem diante da ganância.
O progresso cego conduz à destruição,
Sob o manto da falsa esperança.
Os campos verdejantes tornaram-se cinzas,
A natureza sufocada pelo concreto e aço.
A vida selvagem se extingue em silêncio,
Vítima de nossa descarada audácia.
Engolimos a fruta doce da tecnologia,
Perdemos a essência, a simplicidade.
Enquanto escuto a terra chorar em agonia,
Trocamos a liberdade pela vazia euforia.
Observando uma paisagem toda destruída,
Pelo progresso que avança impiedosamente.
Em nome da ciência com promessas vazias,
Na vã esperança de alcançar o céu.
Eu grito para o vento, mas ninguém escuta,
Então busco consolo na canção do vento.
Minha voz se perde no vazio do progresso,
E na beleza selvagem que ainda resta.
Edifícios surgem onde flores sonhavam,
O brilho da tela segue ofuscando o luar.
Preso em selvas de concreto e aço,
Trocamos nossa essência pela tecnologia.
Seguindo os rastros do coração da sociedade,
A máquina segue pulsando sem parar.
Onde outrora o eco da vida ressoava,
Agora apenas resta um mórbido silêncio.
O rio da vida, agora, um grande fluxo de dados,
As vozes do passado são silenciadas.
Sonhando com o dia em que o homem acordará,
E verá a verdadeira face da civilização.
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