lyrics
Um eco silencioso, ressoando sem nome
A memória, outrora nítida, agora não passa de um esboço
A imensidão do nada acaba por engolir todo o significado
No vácuo do esquecimento, sinto-me totalmente perdido
Em cada suspiro, em cada momento
Entre os murmúrios do vento, um som de solidão
Cada fio de silêncio, um soluço do universo desconhecido
Revelo em linhas. A alma toda enclausurada
No espelho, o reflexo se torna estranho
E assim, se desconhecendo em seu próprio retrato
Os sonhos antigos parecem tão longe, inalcançáveis
Na mente, um farol em neblina se apaga
Por corredores escuros de lembranças vazias, caminho
O Amanhecer é uma promessa quebrada
Desejos são como pássaros livres, voam para longe
Nas profundezas do infinito, a escuridão tece seu canto
No contemplar da noite, as horas são estranhos fantasmas
Em campos vazios, a solidão cultiva suas sementes
Cada raiz, um eco de um grito não ouvido
O que são as lembranças, senão sonhos que envelheceram?
No jardim da existência, as flores da esperança murcham
Labirintos de sombras, a realidade perde seu caminho
Cada canto escuro, uma mentira, uma ilusão
O que é a sanidade, senão um efêmero castelo de areia?
Na praia do tempo, as ondas do esquecimento desgastam
A alma clama por significado, por um propósito
Mas as respostas se escondem nas sombras
E a escuridão envolve cada pensamento
Tornando-se uma névoa densa e sufocante
A realidade se distorce diante dos olhos
Como um espelho quebrado em mil pedaços
Percebendo que somos apenas observadores
Reflito em uma imagem distorcida e totalmente caótica
E na encruzilhada, o absurdo se entranha na alma
O amanhecer reabre o véu para o dia
Nas ruas, a realidade desperta em meio à pressa
Na alvorada da existência, o significado se desvanece
E a vida, nessa metrópole, é sempre uma confissão confessada
O ritmo do trânsito pulsa sem fim
As buzinas marcam o tempo do desespero
Na sinfonia do silêncio, o vazio se infiltra
E a cidade é um palco onde o ser delira
O murmúrio do metrô ecoa na distância
O vento carrega sussurros e confissões
Na imensidão do ser, a solidão é constante
As ruas vazias sussurram segredos
As horas se arrastam nas calçadas
A atmosfera do vazio se intensifica na multidão
A busca por um sentido se torna uma grande tormenta
A desolação eterna se torna nossa sina
As sombras se alongam, tocando todo o cerne do ser
As luzes cintilantes dançam uma valsa da ilusão
No palco do grande absurdo, a mente se desfaz
E o grito do desespero é a própria canção
Os semáforos piscam, um jogo de luzes sem ritmo
Na selva de concreto, a razão se perde
Os prédios se aglomeram, buscando o céu
E o silêncio do ser é um grito surdo
Na noite do pensamento, a sanidade adormece
E na metrópole do ser, um palco de insanidade
A cidade desperta, sonâmbula em sua rotina
No trem do pensamento, a lucidez se desprende
O canto dos prédios, um lamento abafado pelo tempo
A alvorada rompe a escuridão em um acorde final
Na ribalta da dor, encena o seu declínio
Por me encontrar na bolsa do absurdo, pago o preço da desilusão.
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